O bordado e a renda são o espelho da alma de quem os executa, buscando inspiração na natureza ao redor, natureza de contrastes, agreste ou suave, de mar e terra, rio e monte, tons suaves ou garridos, de sol, de céu, de flores, de peixes ou aves.
O Alto Minho é uma região onde a arte de bordar constitui importante e variada riqueza, espreitando por toda a "Ribeira Lima", parte integrante desta belíssima fatia de terra portuguesa, onde as bordadeiras e as rendeiras transmitem tradições e heranças.
São diversos os tipos de bordados executados, desde os afamados e tradicionais "trajes regionais", aos bordados feitos em peças de linho e algodão: toalhas, panos, centros de mesa, lenços, de entre outras peças, não esquecendo os emotivos Lenços de Namorados.
Uma genética singular e uma selecção natural e funcional, ao longo de séculos, fizeram deste lupóide amastinado, um animal de Excelência. Animal rústico e de grande agilidade. Nobre, fiel e leal. Muito corajoso. De bom carácter. Alegre e brincalhão até ao fim da vida. Excelente Cão de família e de guarda.
O Castelo de Castro Laboreiro, diz o povo ter sido obra dos mouros. Pinho Leal, no seu, “Portugal Antigo e Moderno”, afirma mais certo ser atribuível aos romanos. O Pe. Aníbal Rodrigues coloca-o, porém no ano de 955, fundado por S. Rosendo, governador do Val del Limia, desde Maio desse ano, por nomeação de D. Ordonho III, rei de Leão. D. Afonso Henriques rodeou-o de muralhas e, nos princípios do século XIV, quando caiu um raio no paiol de pólvora, que fez todo o polígono ir pelos ares, D. Dinis ordenou a sua reedificação.
Quanto à fauna, o Gerês é a região do País mais rica em caça grossa, apesar de ter sido extinta, pela maléfica acção do homem, a cabra selvagem. Além de javalis e de lobos, a serra tem veados, texugos, lontras, martas, tourões, etc. A águia-real, apesar de rara, persiste na vigilância das alturas do Gerês. Como também subsiste a perdiz-cinzenta, que é uma espécie pouco comum.
À fauna selvagem há, porém, que acrescentar duas espécies domésticas de elevado valor: o cão de Castro Laboreiro e o boi-barrosão. Nativo da serra do Soajo e do planalto de Castro Laboreiro, o cão de Castro Laboreiro é um animal de aspecto rude e bravo, que outrora era utilizado na caça grossa. Apesar de manso e fiel guardador, ainda hoje multa gente o considera aparentado ao lobo, ideia que é reforçada pelo facto de este cão sorver a água em vez de a lamber.
Nesta região montanhosa, a orientação diversificada do relevo, as variações bruscas de altitude, o entrelaçar das influências dos climas atlântico, mediterrânico e continental dão origem a uma infinidade de microclimas. Estes, associados à constituição essencialmente granítica do solo, criam características particulares, donde resultam aspectos botânicos muito especiais, que conferem ao Parque Nacional da Peneda do Gerês um lugar de primazia em relação à de mais flora portuguesa.
Assim, nas encostas dos vales mais quentes e abrigados aparecem, entre outras, o Sobreiro, o Medronheiro, o Azereiro, o Feto do Gerês, o Feto Real e a Uva do Monte. Nas zonas onde se sente mais a influência do clima atlântico e em altitude existe uma clara predominância do Carvalho.
Melgaço é um roteiro obrigatório para apreciadores e especialistas gastronómicos. Aqui sobrevivem usos e costumes que conferem aos produtos locais características de requintado e irresistível sabor. São vários os turistas que se deslocam ao concelho para apreciar os sabores da gastronomia local.
A cozinha tradicional desta região é simples mas de grande qualidade, havendo uma relação directa entre os ingredientes colhidos na região e os pratos típicos tradicionais, nomeadamente o cobiçado cabrito assado no forno de cozer o pão, a lampreia com arroz à bordalesa, frita com ovos ou assada, as trutas do Rio Minho abafadas, o sarrabulho, os grelos com rojões, a bola da frigideira, o bolo da pedra, a água d’unto, o bucho doce, as migas doces e os pastéis mimosos. Junte-se-lhe o insinuante presunto, de cor rosa-avermelhada, de Fiães e Castro Laboreiro, os diversos enchidos e acompanhados com um vinho Alvarinho, reúne todas as condições para usufruir de uma refeição magistral.
Nas zonas onde se sente mais a influência do clima atlântico e em altitudes que podem ir até aos 800 -1000 metros surgem as matas de Carvalho Comum, que se associa muitas vezes ao Azevinheiro. Este podendo subir até aos 1300 metros, toma por vezes porte arbóreo e constitui nalguns casos, por si só, verdadeiras matas.
Acima dos 900 metros o Carvalho Comum cede o lugar ao Carvalho Negral, ocorrendo também o Vidoeiro, espécie já característica da zona euro-siberiana, tal como o Pinheiro de Casquinha e o Teixo, localizados em altitude, nos vales mais húmidos e abrigados e representando restos de uma flora pós-glaciar.
Animal forte, «de rija têmpera, sóbrio, muito cioso e rufão por índole», o garrano tem por habitat principal o vale do Gerês a norte da povoação do mesmo nome, alimentando-se de grande variedade de vegetais, desde ervas até plantas arbustivas e arbóreas. Apesar dos sucessivos cruzamentos que suportou ao longo dos séculos, o garrano é provavelmente um representante longínquo da fauna glacial do fim do Paleolítico.
A "Porta de Lamas de Mouro" é uma estrutura de recepção, interpretação, animação e educação ambiental resultante de uma profícua colaboração entre o Município de Melgaço e o Parque Nacional da Peneda-Gerês (PNPG).
Esta "Porta" assinala a entrada na mais importante e antiga área protegida do nosso país, assumindo-se como um pólo fundamental no estabelecimento do primeiro contacto com os visitantes e seu encaminhamento, controlo e monitorização dos fluxos turísticos e informação/formação para um turismo sustentável.
A "Porta de Lamas de Mouro" disponibiliza aos seus utilizadores um conjunto de infra-estruturas, equipamentos e recursos que possibilitam a melhor (in) formação dos turistas/visitantes, promovendo a divulgação e a interpretação do património natural, cultural e arquitectónico do vasto espaço público envolvente.